terça-feira, 13 de outubro de 2009

7 – TEORIA DE SISTEMAS


Origens


Na década de 1950, Bertalanffy elaborou a Teoria Geral de Sistemas, cujos modelos e princípios gerais se mostraram aplicáveis a todas as ciências.

Suas obras (artigos e livros) a respeito se iniciaram em 1950 e foram publicadas até 1968. Desde então, sua teoria tem sido largamente utilizada.

Para a Teoria de Administração, de modo particular, a Teoria de Bertalanffy tem-se mostrado de grande utilidade.

Contribuições

– São três as premissas nas quais se fundamenta essa Teoria:

• Os sistemas existem dentro de sistemas – daí os conceitos de super-sistemas, sistemas e subsistemas. O foco do observador determina o nível do sistema observado. O que para um observador é super-sistema, para outro é sistema e assim por diante. Por exemplo: o corpo humano é um super-sistema, do qual o aparelho cardiovascular é um sistema e o coração um subsistema; mas o coração pode ser visto como um super-sistema, do qual os ventrículos são sistemas;
• Os sistemas são abertos e estão em permanente intercâmbio com outros sistemas;
• As funções de um sistema dependem de sua estrutura, significando que os elementos da estrutura de um sistema lhe dão condições de atuar.

– Os sistemas são conjuntos de partes que têm funções individuais específicas, mas que se interdependem na ação comum;
– As relações entre os componentes de um sistema também fazem parte dele;
– Todo sistema tem um propósito e é dotado da característica da totalidade: uma alteração em uma das suas partes certamente resultará em alterações em outros componentes;

– A classificação dos sistemas pode ser feita quanto:
• à constituição (concretos ou físicos versus abstratos ou conceituais);
• à natureza (fechados versus abertos). Pela teoria, não há sistemas rigorosamente fechados, isto é, que não tenham intercâmbio com o seu ambiente.


Modelo Genérico de Sistema Aberto




– Ambiente – entorno do sistema, de onde provêem as entradas e a quem se destinam as saídas;
– Entradas – são todos os ingressos de elementos que venham a suprir o sistema dos recursos necessários ao seu funcionamento. Todas as entradas provêem do ambiente;
– Transformação ou processamento – onde as entradas são transformadas em resultados (saídas). Pode-se dizer que é o sistema propriamente dito;
– Saídas – resultados da transformação das entradas. Destinam-se ao ambiente;
– Retroação (feedback) – é o processo pelo qual o sistema se realimenta e se aperfeiçoa.
– Todo sistema tende à morte, pelo próprio desgaste de seus elementos. Utiliza-se, para significar essa tendência, um conceito da termodinâmica: entropia. Os sistemas abertos procuram manter-se em funcionamento e equilíbrio. Utilizam para isso o sistema de retroação (feedback), para recompor suas energias, sua organização e sua integração.


Organização como Sistema Aberto




– Como sistemas abertos, as organizações têm as seguintes características:

• Têm comportamento probabilístico e não-determinístico;
• São constituídas de partes menores (sub-sistemas) e fazem parte de uma sociedade maior (super-sistema);
• Suas partes (sub-sistemas) são interdependentes;
• Conciliam a tendência de se manterem estáticas (homeostasia) com a necessidade de se adaptarem;
• Têm fronteiras que delimitam ação e poder entre si e seus ambientes;
• Têm capacidade de modificar a si próprias (morfogênese), diferentemente dos sistemas mecânicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário